Na manhã da Quinta-feira Santa, abre-se o Tríduo Pascal na Basílica do Santo Sepulcro, em Jerusalém. A Missa Crismal e da Coena Domini (a Ceia do Senhor) são unidas em uma única celebração. A Missa foi presidida por S.B. Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, com os sacerdotes da diocese, religiosos, fiéis e peregrinos. DANIELA Itália "Foi uma celebração muito emocionante, nunca pensei que poderia sentir tamanha paz ... É muito importante estar aqui com meus filhos ... e receber a bênção final: Que esta bênção nos ajude neste período de grandes tribulações". Em sua homilia, o patriarca destacou a atitude de confiança de Jesus no Pai, a verdadeira fonte – disse ele – também no sentido da sinodalidade. "O convite à sinodalidade é o convite a" ser Igreja "em tempos de dispersão, para que todos voltem a caminhar juntos". É o dia em que o patriarca fala à sua diocese: sacerdotes, religiosos e fiéis, reunidos para esta celebração. A eles, S. B. Pizzaballa transmitiu uma mensagem muito precisa. “A mensagem é: ‘Voltemos para a comunidade’. Voltemos e fiquemos em Jerusalém, voltemos e fiquemos na Igreja”. No sugestivo rito do “lava-pés”, o patriarca repetiu o gesto de Jesus, que na última ceia se curvou para lavar os pés dos discípulos, desde então um gesto símbolo da humildade e do amor. É também o dia da renovação das promessas sacerdotais e em que se recorda a instituição do sacerdócio e da Eucaristia. Dom JAMAL KHADER Vigário Patriarcal para a Jordânia "Seguir Jesus, esta é a vocação do sacerdote. Seguí-lo até a cruz e seguí-lo até a ressurreição. E assim, ensinar, incentivar as pessoas a também seguir Jesus; esta é a nossa vocação ". Ainda durante a celebração, o rito da bênção dos óleos Santos - o óleo dos catecúmenos, do crisma e o óleo dos enfermos. Com este sinal, a igreja acompanha a todos, em todos os estágios de sua vida. Seguindo a tradição, ao final da Missa, o Santíssimo Sacramento é levado em procissão: três voltas ao redor da Edícula do Santo Sepulcro, sendo que a última, inclui também a pedra da unção. Em seguida, a recolocação no sepulcro. “Que os óleos que consagramos tornem mais fluido o dinamismo da nossa sinodalidade. O lava-pés nos permita caminhar juntos. Que a Eucaristia celebrada e recebida reacenda em nós a paixão pela Igreja e pela sua missão. E assim, das nossas dispersões seremos reconduzidos à unidade em Cristo”.