No dia 8 de março, no Santuário do Dominus Flevit, começaram as peregrinações quaresmais dos franciscanos. Uma antiga tradição para manter viva a memória dos cristãos dos primeiros séculos: celebrar nos lugares onde ocorreram os acontecimentos da Paixão. A Santa Missa foi celebrada por Fr. Alberto Pari, Secretário da Terra Santa e concelebrada pelos frades da Custódia. O Santuário do Dominus Flevit foi construído pelo arquiteto Antonio Barluzzi, entre 1953-1955, no local que relembra o episódio evangélico em que Jesus chorou por Jerusalém. E sobre o "choro de um Deus que se fez carne" falou em sua homilia Fr. Alessandro Coniglio, professor do Studium Biblicum Franciscanum. Fr. ALESSANDRO CONIGLIO, ofm Professor Studium Biblicum Franciscanum - Jerusalém “O Deus que chora por nós é o Deus de Jesus Cristo, que se faz homem e que partilha plenamente a nossa mesma condição humana, e por estar assim tão envolvido na história humana passa a ser cada um de nós plenamente. Ele não olha impassível para a miserável condição do homem pecador, mas entra na história porque tem esta solicitude com o bem do homem, ao qual está vinculado por um pacto de eterna aliança”. Ainda hoje, diante da história do homem imersa em várias situações de pecado, Deus quer chamar para si os seus filhos através do seu pranto. Fr. ALESSANDRO CONIGLIO, ofm Professor Studium Biblicum Franciscanum - Jerusalém “Deus chora pelo nosso pecado. Mas o nosso pecado assume mil formas diferentes. Em particular podemos pensar nos pecados sociais, pensamos na guerra, nas várias guerras do mundo, pensamos no homicídio, no aborto, pensamos nas ofensas contra a vida humana em geral, na eutanásia e nos ataques à família. Pensamos em todas as condições em que, pessoalmente, como pecadores, nós individualmente - e depois também como sociedade - nos deixamos arrastar para o pecado, em vez de nos voltarmos para Deus que chora precisamente porque é ofendido pelo nosso pecado. Porque quer nos chamar para si através de suas lágrimas". Um percurso quaresmal que levará, todas as quartas-feiras, franciscanos, peregrinos e cristãos locais a fazer uma reflexão nos Lugares da Paixão: do Getsêmani aos Santuários da Flagelação.