Uma culinária… sagrada

2019-09-19 14:32:01
Cozinhar é uma maneira de doar. É improvisação e criatividade. Mas também muita paixão. E em Jerusalém, em uma espécie de cozinha pop up - Izzeldin junta tradição e modernidade, colocando-as à disposição de todos. Por isso ele criou Sacred Cuisine. Graças à sua formação cultural e espiritual, sua família tem origem Sufi, esse jovem chefe de cozinha palestino prepara e ensina a cozinhar comida da sua tradição, reelaborada em chave vegetariana e vegana. IZZELDIN NAQSHBAND Chefe de cozinha – Sacred Cuisine “A ideia de Sacred Cuisine é a improvisação. Eu não tinha dinheiro, não dispunha de um capital para começar, não tinha uma cozinha… quando comecei eu fazia tudo na minha pequena cozinha da cidade velha de Jerusalém, grande menos da metade dessa que tenho agora… com dois fogões somente. Eu tinha condições de cozinhar para muitas pessoas. Sacred Cuisine é improvisação, reutilização e hoje…eu trabalho com aquilo que achei…isso é o que cozinhar significa para mim”. E então eis que aparecem na mesa ingredientes naturais: um cardápio composto por pratos baseados em produtos locais, que utilizam ingredientes naturais. Tudo visa à preservação do meio-ambiente. IZZELDIN NAQSHBAND Chefe de cozinha – Sacred Cuisine “Eu reparei numa lacuna no mercado, pois não há muitos pratos sem carne e isso não é cozinha palestina: na tradição tínhamos muitos pratos vegetarianos. É só hoje que temos o privilégio de comer mais carne e portanto a vemos todo dia. Meu objetivo é fazer reviver a cozinha sumi, levar à mesa os pratos da nossa tradição e colocá-los sob os holofotes”. Entre folhas de videira, amendoim, alchachofra, burgul - uma espécie de trigo – os pratos tomam forma. Todos ajudam e naturalmente na cozinha não se joga fora nada. IZZELDIN NAQSHBAND Chefe de cozinha – Sacred Cuisine “É muito importante na nossa culinária, aquela palestina, utilizar o quanto mais possível. E eu aderi a isso em Sacred Cuisine: agora estou usando o caule do ba’ale (Gombo / okra). Tiramos as folhas para fazer salada e agora usamos o caule para cozinhá-lo e acrescentá-lo ao nosso recheio. Dessa forma, reutilizamos o caule e podemos ter duas diferentes consistências do ba’ale: cozido e cru.” Colocando à disposição seus talentos culinários, Izzeldin também oferece pequenas aulas de árabe e não só. Aventuras excursionistas e culinárias, tour gastronômicos, noites organizadas em restaurantes; tudo para fazer saborear os sabores dessa “Terra Santa”. Então, só resta vocês abrirem as portas da sua cozinha.

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