A Custódia da Terra Santa está multiplicando seus esforços para expandir e promover o Terra Santa Museu, um espaço que sempre contribuiu para a preservação do patrimônio cultural e histórico da Terra Santa e para o fortalecimento da identidade cristã local. Fr. STÉPHANE MILOVITCH, ofm Diretor do Departamento de Patrimônio Cultural da Custódia da Terra Santa "Estamos projetando a abertura da segunda seção do Terra Santa Museu, que será dividida em duas partes, duas áreas diferentes de acordo com a presença cristã na Terra Santa. A primeira com a presença cristã através dos peregrinos, que é extremamente importante, e a segunda, com a presença local, ou seja, dos cristãos que vivem na Terra Santa. Serão salas dedicadas ao artesanato em madrepérola, muito relevante na Palestina, e outras dedicadas a roupas e joias, muito valorizadas nas tradições do casamento palestino." Graças a recentes estudos realizados pelo pesquisador George Al-Ama, especialista em arte palestina, uma coleção de joias e roupas que expressam a antiga cultura local será exibida. GEORGE AL AMA Pesquisador e especialista em arte palestina "Esses tesouros pertencem ao patrimônio cultural palestino e ajudam a documentar a relação da Custódia da Terra Santa com os palestinos locais. Aqui, vemos três chapéus muito importantes, um dos quais foi usado nas aldeias ao redor de Hebron e dois em Ramala. São peças únicas do vestuário palestino entre as mais raras do mundo; existem apenas doze desse tipo e todas podem ser rastreadas. Entre essas raridades temos esta peça que está noventa por cento completa: é um chapéu que data do período otomano, e que chamamos "Wuqiyat Adarahem", adornado por três a quatro mil peças de prata. No passado, era dado à noiva em sua noite de núpcias pelo Sheik o "soberano do vilarejo"; de fato, cada vilarejo possuía um." Durante o domínio otomano, também as moedas eram frequentemente usadas na fabricação de joias ou costuradas em chapéus. GEORGE AL AMA Pesquisador e especialista em arte palestina "Temos uma grande e rara coleção de joias palestinas feitas de prata pura. Temos a "Al-Baghma", que a mulher palestina usava ao pescoço, e a "Al-Zinaq", que era usada no queixo e conectada com peças à testa, através da “Shatwa” da cidade de Belém. Temos também outras peças, como o círculo que era colocado sobre a "Shatwa", e algumas joias como brincos e outros objetos. Como especialista na área, o que mais me chamou a atenção, foi o trabalho maravilhoso, meticuloso e científico realizado pelas irmãs." As raras peças de arte foram restauradas pelas Irmãs Adoradoras do Santíssimo Sacramento, uma congregação presente na Gruta do Leite, próxima a Basílica da Natividade. O Terra Santa Museu coloca em evidência o profundo vínculo entre os fiéis locais e os peregrinos de todo o mundo. Um vínculo que tem contribuído para enriquecer a história da Igreja local na Terra Santa e para fortalecer a relação entre as pedras vivas e a Custódia Franciscana da Terra Santa. Read More