Uma vez terminadas todas as celebrações da Páscoa em Jerusalém, na segunda-feira do Anjo, como por tradição, a comunidade se reúne em Emaús El Qubeibeh, localizada a cerca de 11 quilômetros de Jerusalém, onde se comemora o encontro do Senhor Ressuscitado com os dois discípulos, Cléofas e Simeão. O encontro bíblico foi revivido pelos franciscanos e peregrinos que lotaram o Santuário de Emaús para participar da Santa Missa presidida por Frei. Francesco Patton, Custódio da Terra Santa. A homilia foi proferida por Frei Amjad Sabbara, pároco da Paróquia Latina de Jerusalém. Estar em Emaús e celebrar a memória destes dois discípulos é uma graça - segundo Frei Patton - que "nos ajuda a ouvir as Escrituras e a reconhecer que o Senhor caminha conosco". Fr. FRANCESCO PATTON Custódio da Terra Santa “Quando somos capazes de ouvir a sua palavra com autenticidade, reconhecemos que Ele está ao nosso lado e também nos ajuda a compreender o sentido de certas coisas que nos acontecem na vida. Ajuda-nos a fazer uma leitura pascal de toda a nossa vida”. Jesus sentou-se à mesa, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-o aos dois discípulos, que o reconheceram naquele gesto. Este gesto foi repetido por Fr. Francesco Patton, que distribuiu pães em memória da manifestação de Cristo a Simeão e Cléofas. Fr. FRANCESCO PATTON Custódio da Terra Santa “Este belo gesto de partir o pão não é apenas partir o pão na Eucaristia, mas partir o pão na Igreja e na comunidade. E, portanto, é o gesto de amor e neste gesto Jesus se dá a conhecer”. O fato crucial é que esses dois discípulos estavam fugindo da comunidade de Jerusalém – sublinhou Frei Patton – mas, depois do encontro com o Ressuscitado, voltam à noite para contar aos outros a autenticidade daquela experiência que mudou suas vidas. Um ensinamento dirigido a todos os fiéis, peregrinos e cristãos locais que viveram este momento intensamente. GRACE GIACAMAN Belém “Viemos hoje de Belém para testemunhar a ressurreição de Cristo Senhor nesta igreja. Viemos para testemunhar nossa fé na ressurreição de Cristo e esperamos que a presença dos cristãos aqui nos próximos anos seja um vínculo para o renascimento desta igreja”. Dom ANTONIO AUGUSTO DA SILVA BEZERRA Arquidiocese do Rio de Janeiro - Brasil “Vim aqui especialmente para comemorar os 10 anos da minha ordenação sacerdotal, que aconteceu precisamente na Quinta-feira Santa, dia da instituição da Eucaristia. Foi uma oportunidade para refletir internamente sobre meu sacerdócio e minha vocação, especialmente porque agora estou aqui em Jerusalém, centro de todos os eventos. É um lugar especial para fazer uma nova experiência com Cristo e reviver o chamado de Deus”. A comunidade franciscana de Emaús, as irmãs missionárias da Evangelização e os amigos muçulmanos se encarregaram de administrar a hospitalidade, para acolher da melhor maneira possível os numerosos fiéis, fazendo-os sentir-se em casa. Numa cidade predominantemente muçulmana, Frei Arturo, «Reitor do Santuário de Emaús, diz-nos que a sua presença ali é feita de amor, serviço e respeito. Fr. ARTURO VASATURO, ofm Reitor da Basílica da Manifestação de Jesus - Emaús El Qubeibeh "Estamos aqui para ficar. Porque o principal é acreditar que este lugar é santo. Sentir Jesus, porque toda a Terra Santa tem algo de santo. Vivemos em um ambiente completamente muçulmano. De manhã eles dizem "Allah Akbar" e eu digo em meu coração: "Senhor, eu creio em Ti e amo essas pessoas que estão comigo, penso em Ti, mas também em todos os nossos irmãos muçulmanos. No entanto, temos um denominador comum: amor e respeito mútuo, mesmo com o mundo muçulmano. Porque é o amor que move o mundo".