Conferência Episcopal Latina da Região Árabe (CELRA) e Patriarcado Latino de Jerusalém Pe. GIUSEPPE SGAMBETTERRA Diocese de Oppido Mamertina-Palmi (Itália) O Evangelho deste domingo nos apresenta a figura de João Batista que prega um batismo de conversão. Ele, portanto, nos chama a mergulhar na conversão, na mudança O termo conversão é muitas vezes mal compreendido. Pensa-se que se trate apenas de uma mudança na forma de fazer as coisas. Na realidade fala-nos de uma mudança de mentalidade, de uma mudança no nosso ser. Portanto, descobrir os caminhos do Senhor, como João nos convida, significa fazer uma verdadeira “inversão de caminho”. E foi justamente esta, a experiência dos Magos, que procuravam o Rei dos Reis; mas fechados na sua mentalidade, o procuraram nos palácios de Herodes, o procuraram em meio à riqueza. Em vez disso, descobrirão, quando encontrarem o Redentor, o Rei do mundo, que a felicidade do mesmo encontrava-se na humildade de uma gruta, nos braços de sua mãe. Os Reis Magos que chegam a Belém tornam-se verdadeiros peregrinos, porque tornar-se peregrinos significa deixar o seu próprio mundo, significa tornar-se estrangeiros na terra. Assim os Magos descobrem que Deus também se torna um estrangeiro, tornou-se um estrangeiro do céu para vir e se tornar hóspede e peregrino entre nós. A partir desta experiência os Magos experimentarão a sua conversão: de fato, o Evangelho diz-nos que regressaram por outro caminho. Eles experimentam esta “reviravolta”, descobrem qual é o verdadeiro caminho do Senhor, um caminho de misericórdia, para o perdão dos pecados, o caminho do Senhor que vem, vem nos visitar, que vem entre nós todos os dias para viver como estrangeiro entre os homens LEANDRO LÓPEZ Peregrino – Espanha Minha viagem começou no Vaticano em junho. Depois fui para o País Basco francês. De lá fui para Lourdes, voltei para Madrid, e como houve uma onda de calor fui para Estocolmo, na Suécia. Voltei a Madrid e de lá cheguei ao Santuário de Fátima. No Santuário de Fátima pensei qual era a coisa certa a fazer: ir para Santiago? ir para Jerusalém? Naquela época decidi vir para Jerusalém. Desde então, Deus tem me guiado em tudo... porque, como disse um padre, se você quer fazer Deus rir, conte-lhe os seus planos... Porém, agora, ainda não sei aonde a Providência me levará. Não me sinto um Rei Mago, um sábio, sinto-me um pastor que adora a Deus a noite toda, porque às vezes fico acordado a noite toda adorando. Sinto-me como um pastor que, depois de ouvir o anúncio, como os magos, vai adorar a Cristo!