As Igrejas Cristãs de Jerusalém e o Hospital São José condenaram o "uso desproporcional" da força e a "invasão violenta" da polícia israelense em suas instalações em 13 de maio, ao final do funeral da jornalista Shireen Abu Akleh. S. B. PIERBATTISTA PIZZABALLA Patriarca Latino de Jerusalém “Todos nós e o mundo inteiro ficamos chocados com as imagens da polícia israelense atacando quem está carregando o caixão com o corpo dentro. Entendemos muito bem as exigências de segurança, que no entanto não podem justificar uma atitude tão agressiva”. Na segunda-feira, 15 de maio, nas instalações do Hospital São José, o único hospital católico de Jerusalém Oriental, uma coletiva de imprensa foi realizada. A Instituição condenou a ação policial: "sem respeito ao tipo de lugar e ao contexto". JAMIL M. KOUSSA Diretor Geral do Hospital São José "Não precisava violência, não havia razão para atacar. O que aconteceu é inaceitável. Estamos tentando entender junto com o patriarca, que é o líder do Conselho de Administração, e as Irmãs de São José, a melhor forma de agir legalmente contra a polícia”. Treze pessoas foram socorridas no hospital após os confrontos, incluindo um dos médicos da instalação, ferido por uma granada de efeito moral que explodiu perto dele. MOHAMMAD HMEIDAT Médico – Hospital São José "Eles nos atacaram de repente e eu tentei escapar. Todo mundo estava correndo, havia pânico. Uma das granadas de efeito moral explodiu perto de mim e me causou queimaduras”. Irmã LIDA MARQUS Presidente – Hospital São José “Ficamos com muito medo, as pessoas começaram a gritar e fugir, ficaram apavoradas, então abrimos todas as portas para deixá-las entrar. Somos um hospital, ajudamos os doentes, ajudamos a todos: cristãos, muçulmanos, judeus. Somos operadores da paz”. S. B. Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, condenou o ataque das forças policiais em nome das Igrejas Cristãs de Jerusalém e expressou solidariedade com as Irmãs de São José da Aparição, Congregação que administra o hospital. S. B. PIERBATTISTA PIZZABALLA Patriarca Latino de Jerusalém “Não podemos ficar calados. É nosso dever dar um basta! As pessoas nos pedem, e o nosso dever institucional de estar presente e de levantar a voz quando necessário também nos pede”. O representante da delegação pontifícia sublinhou a grave violação dos direitos humanos, em primeiro lugar da liberdade religiosa: Dom TOMASZ GRYSA Primeiro conselheiro - Delegação Apostólica em Jerusalém e na Palestina “O acordo fundamental entre a Santa Sé e Israel no primeiro artigo diz claramente que o Estado de Israel está comprometido em respeitar o direito à liberdade religiosa, e aqui se trata de um cortejo fúnebre onde este direito foi violado de forma brutal”. O que aconteceu foi doloroso para as irmãs, mas não interrompe a missão da Congregação e do hospital. Irmã VALENTINA SALA Provincial - Congregação das Irmãs de São José da Aparição "O hospital continua sendo um lugar de paz, reconciliação e acolhimento. Com certeza é doloroso, porque vemos que o contexto é de conflito, mas a nossa presença continua!" Read More