A grande Vigília. É Páscoa em Jerusalém

2014-04-19 11:44:32
O órgão quebra o silêncio da igreja, junto com os sinos, e explode a alegria da ressurreição. É Páscoa em Jerusalém. Cristo ressuscita aqui e agora. Hoje, como vinte séculos atrás. A Grande Vigília Pascal - a “mãe de todas as vigílias”, recita a liturgia – se realiza na manhã de sábado no Santo Sepulcro. Este ano, até mesmo no amanhecer, com os primeiros raios de sol que penetram no sepulcro, em concomitância com a Páscoa ortodoxa, cujos ritos são celebrados na mesma basílica. A luz para o círio pascal é tirada diretamente do Sepulcro. O diácono entrega-a ao patriarca latino Dom Fouad Twal, que preside a celebração. Então, a partir daquela chama são acesas lâmpadas diante do sepulcro e as velas dos fiéis. Depois da longa série de leituras da Vigília Pascal, é o próprio patriarca a ler o Evangelho da Ressurreição, precisamente diante do sepulcro que conserva o túmulo vazio. Na narração segundo Mateus, são as mulheres as primeiras a receber o anúncio da ressurreição. “Este é o lugar mais importante para a Igreja, onde a Igreja nasceu, e com a presença de mulheres a palavra se difundiu. E ainda hoje, a primeira pessoa que dizem que a viu é Maria Madalena e eu estou feliz com isso”. “Há uma mensagem, de qualquer maneira: não está aqui, ressuscitou. Jerusalém nos chama continuamente a ir além de nós mesmos, a levar esta mensagem que é o coração do Evangelho, que é o mundo inteiro”. Na liturgia batismal, com a bênção da água e aspersão dos fiéis, há um sinal de esperança também para a Terra Santa. S.B. Dom FOUAD TWAL Patriarca latino de Jerusalém “O meu é um desejo de paz para a Igreja local, para todos os habitantes da Terra Santa, paz para todos! E espero que a Igreja universal se sinta um pouco conosco co-responsáveis por esta paz, esta comunidade cristã, esta alegria”.
A cada passo, a cada batida: São Nicolau, o Peregrino
A cada passo, a cada batida: São Nicolau, o Peregrino

São Nicolau, o Peregrino, é um rapaz grego nascido em 1075, que conheceu Jesus quando tinha oito anos e, ao vê-lo, recebeu dele a oração do coração. Foi venerado como santo pelos católicos e assim permaneceu por aproximadamente nove séculos. Em 2023, os Gregos Ortodoxos da Itália incluíram-no no seu calendário litúrgico. Um santo verdadeiramente ecumênico, que tem muito a dizer aos peregrinos que hoje chegam a Jerusalém. Sua vida está escrita no livro de Pe. Natale Albino, Diplomata da Santa Sé.