O relicário dos mártires de Damasco: obra de um artista de Belém: Yousef Zogbi
2024-09-23 11:22:55
O precioso relicário dos 11 Mártires de Damasco, doado ao Papa Pio XI na ocasião da beatificação em 1926, é obra do artista de Belém, Yousef Zogbi e será usado para a canonização na Praça de São Pedro no próximo 20 de outubro. Graças a Postulação Geral para a causa dos Santos da Ordem dos Frades Menores, esta obra cheia de detalhes pode ser apreciada na sua beleza e significado.
Com 66 centímetros de altura, e 29 de diâmetro, se assemelha a um baldaquino, com 4 arcos que sustentam a cúpula em cuja base há uma inscrição em latim: "Tu és Pedro " e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”.
No topo da cúpula, uma lanterna com dez colunas, abriga um pequeno cálice com hóstia. Quatro medalhões com o monograma do Nome de Jesus, de Maria e a Cruz de Jerusalém decoram a parte externa. Enquanto uma grande estrela central de seis pontas e quatro rosetas adornam o interior.
O centro do relicário é concebido em formato de ostensório exposto sobre o altar. Cada detalhe recorda a fé dos mártires na Eucaristia que os conforta na hora do martírio. A frente: a Basílica de São Pedro e duas inscrições. No lado direito a cena da Natividade, no lado esquerdo a Ressurreição e atrás um painel decorativo.
A sensibilidade do artista compôs o centro do relicário onde se encontra a relíquia dos futuros santos mártires, com raios triunfantes, rodeado por anjos orantes; um nobre escudo com o Sagrado Coração; um serafim; a pomba do Espírito Santo e, finalmente, a Cruz. Na parte de trás uma delicada e pequena porta permite o acesso à relíquia.
Este patrimônio se encontra na Lipsanoteca do Vaticano é um dos mais preciosos em design e acabamento doado aos papas ao longo dos séculos.
Assista também
A cada passo, a cada batida: São Nicolau, o Peregrino
São Nicolau, o Peregrino, é um rapaz grego nascido em 1075, que conheceu Jesus quando tinha oito anos e, ao vê-lo, recebeu dele a oração do coração. Foi venerado como santo pelos católicos e assim permaneceu por aproximadamente nove séculos. Em 2023, os Gregos Ortodoxos da Itália incluíram-no no seu calendário litúrgico. Um santo verdadeiramente ecumênico, que tem muito a dizer aos peregrinos que hoje chegam a Jerusalém. Sua vida está escrita no livro de Pe. Natale Albino, Diplomata da Santa Sé.